Seminários e reuniões iniciam construção da resistência para barrar Reforma da Previdência

7/2/2017 - O governo Temer segue com o objetivo de dar urgência à tramitação de uma de suas principais reformas e ataque aos trabalhadores brasileiros: a reforma da Previdência. Esta semana, menos de dois meses depois da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovar a admissibilidade da matéria, será criada a Comissão Especial que vai discutir a proposta.

A comissão terá até 40 sessões plenárias para debater a reforma, que então será levada à votação, em dois turnos, no plenário da Câmara. Com apoio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, Temer espera ver o texto aprovado totalmente ainda no primeiro semestre.

Diante da gravidade dos ataques desta reforma, que praticamente acaba com o direito à aposentadoria no Brasil, é cada vez mais urgente a construção da resistência e de uma forte luta para derrotar essas propostas do governo.

Várias iniciativas vêm sendo tomadas nesse sentido, com a participação da CSP-Conlutas, sindicatos, movimentos sociais, advogados, especialistas, entre outros. Em seminários, reuniões e debates, diversas organizações vêm discutindo a dimensão das graves consequências da Reforma da Previdência e buscam construir um calendário de mobilização para impedir sua aprovação.

No último sábado, a CSP-Conlutas promoveu um seminário contra a Reforma da Previdência. Com a presença de mais de 500 representantes de sindicatos, advogados, juristas e docentes especializados no tema da reforma da Previdência, além de um debate de qualidade, buscou-se avançar numa ampla unidade de ação para construir uma grande mobilização contra a reforma.

Esta semana, nos dias 7 e 8, outro seminário promovido pelo Dieese, em São Paulo, está reunindo a direção das principais centrais sindicais. A CSP-Conlutas participa do encontro e conforme deliberação de sua reunião nacional vai defender uma data unificada de paralisação ainda neste mês de março.

“A reforma da Previdência representa um brutal ataque aos direitos dos trabalhadores. Sem exageros, na prática, é o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros. Nossa resposta precisa ser na mesma intensidade, com uma forte mobilização que derrote não só essa reforma, mas os demais ataques do governo Temer, como a reforma trabalhista e o ajuste fiscal”, afirmou o integrante da secretaria executiva da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.

“A posição da CSP-Conlutas é que nenhuma central sindical deve sentar à mesa com o governo para negociar qualquer proposta que represente retirada de direitos. É preciso ser firme e defender a aposentadoria e direitos dos trabalhadores”, disse Mancha.

Confira fala de Mancha, no seminário promovido pelo Dieese, neste dia 7.