29 de novembro é dia de ocupar Brasília contra a votação PEC 55 no Senado!

29/11/2016 - Nesta terça-feira (29) está prevista a votação da PEC 55 no Senado Federal. É um ataque brutal aos direitos dos trabalhadores e da população pobre deste país. O objetivo do governo é rebaixar salários e reduzir ainda mais o investimento em serviços públicos, como saúde e educação, garantindo, em tempos de crise, o pagamento da dívida aos banqueiros. É ainda o primeiro passo para reformas da Previdência e Trabalhista, que também caminham de forma adiantada no Congresso Nacional.

Caravanas de diversos estados estão a caminho de Brasília (DF) para uma manifestação que terá concentração desde as 15 horas, em frente ao Museu Nacional na Esplanada dos Ministérios.

O ato público acontecerá no Congresso Nacional por volta de 18h30, com as entidades nacionais dos movimentos sindical, estudantil e populares. Também falarão no ato partidos políticos, organizações e parlamentares aliados na luta contra a aprovação da PEC-55. A mobilização permanecerá enquanto houver sessão de votação da PEC-55 em plenário.

A marcha está sendo coordenada por organizações nacionais dos servidores e estudantes, como o Andes-SN, Fasubra e Sinasefe. A CSP-Conlutas também convoca a manifestação.

“A CSP-Conlutas está presente na organização de luta para barrar a aprovação da PEC 55 e dos outros projetos que atacam os seus trabalhadores, assim como derrotar esse governo de Temer”, reforça o dirigente da Secretaria Executiva nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela, que já está em Brasília.

Além das ocupações nas escolas secundaristas, universidades e institutos federais que explodiram de norte à sul do país, o mês de novembro foi marcado por dois grandes dias de greves, paralisações e atos. Os trabalhadores e os movimentos sociais já demonstraram que não não vão assistir passivamente a retirada de direitos.

O que está em jogo com a votação da PEC 55 no Senado
 O governo e os patrões, através da mídia, tentam convencer a população que a PEC 55 é uma medida para colocar em ordem as contas públicas. O que eles não informam é quem vai pagar a conta. Querem colocar “as contas públicas em ordem” sem diminuir o lucro da grande burguesia e dos especuladores financeiros, mas retirando os direitos mais básicos da população necessita e não tem dinheiro para pagar.

A PEC 55 propõe congelamento em 20 anos do orçamento para serviços públicos, entre eles saúde e educação, assim como salários e carreira de servidores públicos. A PEC 55 ainda estipula que o salário mínimo não poderá ter reajuste acima da inflação. Para termos ideia, se o salário mínimo tivesse sido corrigido apenas a partir da inflação, desde 1998, seu valor hoje seria de apenas R$ 400, e não os R$ 880 atuais.

Informações: CSP-Conlutas