Metalúrgicos exigem: fora todos eles e eleições gerais, já!

15/3/2016 - Em sua primeira reunião em 2016, o Conselho de Representantes deixou claro que o PT e a oposição de direita não representam os trabalhadores. Foi aprovada, com ampla maioria, que o Sindicato inicie a campanha exigindo a saída de todos os parlamentares e a organização de novas eleições gerais para presidente, deputados e senadores.

Também foi decidida a participação dos metalúrgicos nos protestos que estão sendo convocados pela CSP-Conlutas nos dias 1º de abril e 1º de maio. O objetivo é criar uma alternativa de luta que realmente atenda aos interesses da classe trabalhadora.

Com a participação de cerca de 100 ativistas, de 31 fábricas da região, a reunião do Conselho de Representantes ocorreu na sede do Sindicato, no sábado (12), com diretores sindicais, cipeiros, delegados sindicais e membros das comissões de fábrica. Em discussão, estavam os desafios que os metalúrgicos irão enfrentar tendo em vista o atual cenário de crise política e econômica que assola o país.

Atnágoras Lopes, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, iniciou o debate atentando-se para a gravidade da crise e como ela afeta os trabalhadores. Segundo ele, mesmo com o aumento do desemprego, da inflação e os constantes ataques aos direitos trabalhistas, o comportamento do operariado é de enfrentamento aos patrões.

Citando a greve dos petroleiros no Rio de Janeiro, a ocupação da Mabe pelos metalúrgicos em Campinas e Hortolândia e a greve vitoriosa pela reintegração dos terceirizados na Chery, em Jacareí, Atnágoras reafirmou a necessidade da construção de uma alternativa para os trabalhadores.

“Os trabalhadores estão mostrando sua revolta com os inúmeros escândalos de corrupção. A falta de perspectiva os deixam suscetíveis a cair em ilusões”, afirmou Atnágoras, referindo-se à atitude do PMDB e PSDB, que se apresentam como solução frente à crise e ao governo do PT.

“Todos esses partidos estão juntos, quando se trata de atacar o trabalhador. É por isso que temos de deixar claro que as manifestações do dia 13, 18 e 31 de março não nos representam", disse.

“Precisamos todos ir às ruas no dia 1º de abril e 1º de maio, rumo à greve geral. É necessário construir nas lutas uma alternativa que atenda realmente os interesses dos trabalhadores”, concluiu Atnágoras.

Democracia operária
Na avaliação do presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, o Conselho de Representantes foi extremamente positivo, consolidando-se como uma das mais importantes esferas de decisão da categoria.

“Realizamos um Conselho de Representantes vivo e democrático, como já é tradição em nossa entidade. O momento agora é de união entre os diretores, delegados, cipeiros e demais representantes para enfrentarmos os desafios que virão neste ano. É hora de defendermos os empregos e direitos”, concluiu Macapá.

Informações: sindmetalsjc.org.br