Jornada flexível: uma reforma trabalhista para garantir o lucro dos patrões
21/12/2016 - Ao mesmo tempo em que envia ao Congresso Nacional uma proposta de reforma da Previdência que quer, entre outros pontos, impor 49 anos de contribuição para a aposentadoria, o governo Temer prepara um ataque em outro flanco: a flexibilização das relações trabalhistas. A proposta, antecipada pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, durante reunião com dirigentes sindicais em setembro, mas desmentido logo após a má repercussão da notícia (na ocasião o ministro chegou a afirmar que o governo deveria formalizar jornada de 12 horas de trabalho), foi agora reafirmada e prevê o que vem se chamando de “jornada flexível de trabalho”. O que isso significa? Ao invés de um contrato com jornada fixa de trabalho, o patrão poderá estabelecer uma jornada “móvel”, chamando o trabalhador em dias e horários diferentes, de acordo com a sua necessidade. Na prática, o trabalhador vai ficar completamente à disposição do patrão, trabalhando e recebendo apenas nos horários em que for conv