Todo repúdio à perseguição e assédio que a Revap está fazendo aos petroleiros

22/10/2015 - A Revap, refinaria da Petrobras em São José dos Campos, desencadeou um forte processo de ataques aos petroleiros, que estão mobilizados por sua Campanha Salarial. São várias medidas de assédio moral e perseguição que estão sendo tomadas pela empresa, numa clara tentativa de desmobilizar os trabalhadores.

O PSTU repudia a postura da Revap e reafirma todo apoio à mobilização da categoria, que é por um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sem rebaixamento salarial e de direitos, contra a política de desinvestimento e privatização que vem sendo aplicada pelo governo Dilma (PT), bem como em defesa de uma Petrobras 100% estatal, pública e controlada pelos trabalhadores.

Desde o dia 24 de setembro, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vem fazendo mobilizações contra a proposta rebaixada apresentada pela Petrobras, como atrasos e cortes de rendição, nas bases que compõe a federação no país, como no Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe, Litoral Paulista e São José dos Campos.

A proposta de ACT apresentada pela administração executiva da Petrobrás é uma verdadeira bomba. Propõe reajuste abaixo da inflação, diminuição da remuneração das horas extras e redução da jornada de trabalho, com diminuição de salário, além de outros ataques.

É para impedir a mobilização da categoria, que a direção da Revap está assediando fortemente os petroleiros, até com ameaça de demissão, num claro desrespeito ao direito de greve e à liberdade sindical.

A chefia passou a determinar as chamadas “dobras de turno”, quando o trabalhador faz duas jornadas seguidas, proibiu trocas de turnos entre os funcionários, quer proibir assembleias, etc. Se a assembleia passar de uma hora e meia, segundo a empresa, os funcionários serão dispensados e terão o dia descontado. O assédio chegou ao ponto da Revap dizer que se o departamento jurídico alegar que a greve é “abusiva” haverá demissões. Um absurdo! A própria empresa quer dizer se uma greve é ou não abusiva!

 “Os governos do PSDB e do PT avançaram na terceirização e privatização da Petrobras nos últimos anos. Transformaram a estatal num balcão de negócios para encher os bolsos de corruptos, como bem demonstra a Operação Lava Jato. Agora, vêm com uma política de desinvestimento, entrega do patrimônio da empresa ao capital privado e brutais ataques aos trabalhadores. Querem que os petroleiros paguem pela crise”, denuncia Toninho Ferreira, presidente do PSTU de São José dos Campos e suplente de deputado federal.

“Mas os trabalhadores não aceitam esses ataques e estão em mobilização para construção da greve nacional da categoria. Têm todo nosso apoio. A saída para a Petrobras é punir e botar pra fora todos os corruptos e corruptores e garantir uma empresa 100% estatal, pública e controlada pelos trabalhadores”, afirmou.