Vito Giannotti, presente!

27/72015 - Foi com tristeza e pesar que soubemos da morte repentina de Vito Gianotti, na sexta-feira, dia 24.

Nascido na Itália em 1943, vivia no Brasil há mais de 50 anos. Ele foi um militante histórico do movimento operário brasileiro e da comunicação operária, popular e sindical. Chegou a ser diretor da CUT São Paulo. No início dos anos 1990, fundou o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) sempre em busca de uma comunicação alternativa dirigida aos trabalhadores que pudesse quebrar a hegemonia da imprensa burguesa.

Durante anos, apesar das diferenças políticas, Giannotti nunca deixou de colaborar com o PSTU no sentido de nos ajudar a fazer uma imprensa que chegasse cada vez mais próxima da classe operária, uma de suas obsessões da qual compartilhávamos. Em 2006, ele participou do I Seminário de Comunicação do PSTU. Em 2008, Gianotti ministrou uma oficina para a equipe de comunicação do partido. Estes são apenas dois de tantos momentos e ensinamentos que compartilhou conosco.

Autor de 20 livros, foi um dos idealizadores do curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). Gianotti era forma e conteúdo: com ele, aprendemos que o conteúdo, por melhor que seja, precisa ser compreendido para que nossos objetivos sejam alcançados. “Falar em jornalismo sindical é falar em jornalismo especializado. Jornalismo dirigido a um público bem definido. Jornalismo para uma classe, seu estilo de vida, seus valores. Uma classe com sua história, sua cultura, seu futuro e, consequentemente, sua linguagem particular” (em “O que é Jornalismo Sindical”, 1998)

Entre seus livros mais conhecidos, estão “O que é Jornalismo Sindical” (Ed. Brasiliense, 1998), “CUT por dentro e por fora” (Ed. Vozes), Força Sindical, a central neoliberal” (Ed. Mauad), “Comunicação Sindical, falando para milhões” (Ed. Vozes) e “Muralhas da Linguagem” (Ed. Mauad, 2004).

O PSTU presta toda a sua solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de luta. Em especial, a Claudia Santiago, sua companheira de vida, de obra e militância.

Vito, obrigado por nos ensinar!