Por respeito a direitos, metalúrgicos da Chery completam oito dias de greve. Todo apoio!

13/4/2015 - O Ministério do Trabalho se comprometeu a enviar fiscais à fábrica da Chery, em Jacarei (SP), para apurar as denúncias de irregularidades apresentadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.  O compromisso foi assumido durante mesa redonda ocorrida nesta segunda-feira, dia 13, na Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Paulo.

No encontro, o Sindicato também cobrou dos representantes da Chery a assinatura da Convenção Coletiva da categoria, cumprindo salários e direitos dos trabalhadores do setor automotivo.

A resposta da direção da empresa deve ser apresentada ao Sindicato nesta terça-feira, dia 14, em reunião na Chery, em Jacareí, às 9h.

Enquanto isso, será mantida a greve que completa hoje oito dias.

A empresa chegou a entrar com pedido de interdito proibitório na Justiça do Trabalho, numa tentativa de inviabilizar a continuidade da greve.  Hoje, o pedido foi negado, garantindo o direito de mobilização dos trabalhadores.

Denúncias
Nas denúncias apresentadas pelo Sindicato ao Ministério do Trabalho, está incluído o desrespeito às normas de segurança  e ergonomia na fábrica, o que compromete a saúde dos trabalhadores. A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados vem sendo denunciada pelos próprios trabalhadores ao Sindicato.

O Sindicato também denunciou  a terceirização irregular dos setores de logística e manuseio.  A atual legislação do país e as normas coletivas não permitem que setores ligados à produção, como nesses casos, sejam terceirizados.

A terceirização irregular adotada pela Chery acontece no  momento em que centrais sindicais de todo o país estão se manifestando contrários ao Projeto de Lei 4330, que libera esse sistema de contratação em qualquer setor de empresas públicas e privadas.

A Chery vai na contramão do que os trabalhadores reivindicam, terceirizando mão de obra e achatando salários. Quando a montadora decidiu vir para nossa região, o Sindicato apresentou todas as condições. Agora, a empresa quer burlar a legislação trabalhista do país e a Convenção Coletiva da categoria, mesmo tendo recebido incentivos dos governos federal, estadual e municipal. Não vamos aceitar essa afronta”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Com informações Sindmetalsjc