Preconceito e morte: no Brasil, a cada hora, um homossexual sofre violência
Jovem foi agredido junto com o namorado por 15 homens no metrô de SP |
A cada hora um homossexual sofre algum tipo de violência no país. Nos últimos quatro anos, o número de denúncias ligadas à homofobia cresceu 460%.
Até outubro, os episódios de preconceito contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) superam a marca de 6,5 mil denúncias, segundo dados do Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDHPR). Em 2011, foram registrados 1.159 casos.
As denúncias mais relatadas são de discriminação no trabalho, assédio moral e perseguição. O número é alarmante, mas na realidade sabemos que os casos de homofobia e transfobia são subnotificados. Seja em razão da opressão, pois muitas vítimas ou suas famílias não registram os casos, ou também por causa do atendimento nas delegacias, que tendem a não notificar esse tipo de crime, colocando-os como se não tivessem motivação homofóbica ou transfóbica.
Os jovens são as principais vítimas dos atos violentos e representam 33% do total das ocorrências. A cada quatro casos de homofobia registrados no Brasil, três são com homens gays.
O fato é que de todas as mortes ocorridas no mundo por essa motivação, 40% acontecem no Brasil. Isso representa o assassinato de um LGBT por dia!
As estatísticas revelam ainda que o Brasil tem o odioso titulo de país que mais mata travestis e transexuais em todo o mundo, segundo relatório da ONG Transgeder Europe. Entre janeiro de 2008 e abril de 2013 foram 486 mortes, quatro vezes a mais que no México, segundo país com mais casos registrados.
Pela criminalização da homofobia, já!
No Brasil, não existem leis efetivas que garantam os direitos de LGBTs e as poucas que existem não funcionam na prática, pois não há empenho das autoridades.
O governo Dilma (PT) e os governos estaduais seguem sem políticas de combate efetivo à homofobia e transfobia.
O PSTU também está nas lutas por políticas de saúde e segurança para a mulher lésbica, pelo fim da violência policial e a desmilitarização da PM, pela aprovação da lei da identidade de gênero, por políticas efetivas que tirem pessoas trans da marginalidade e políticas educacionais de combate à homofobia nas escolas.