Em ação do PSTU, Alexandre da Farmácia (PP) tem candidatura barrada pela justiça eleitoral


5/9/2014 - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo barrou a candidatura de Alexandre da Farmácia (PP) a deputado estadual em ação movida pelo PSTU de São José dos Campos e pela Procuradoria Regional Eleitoral.

O ex-vereador de São José foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, pois já havia sido condenado por improbidade administrativa, em 2012.

Segundo denúncia do Ministério Público, entre 2001 e 2004, o então vereador usou festas patrocinadas com dinheiro público da Prefeitura para se autopromover.

Além de promoção pessoal, Alexandre também cobrava dos barraqueiros uma espécie de taxa para uso do espaço, o que é ilegal. A prática ocorria em festas no Jardim Santa Inês e Jardim Pararangaba, na zona leste da cidade.

A Justiça também condenou o ficha-suja a devolver R$ 210 mil aos cofres públicos.

Pela Lei da Ficha Limpa, ele deveria ficar inelegível por cinco anos. Entretanto, apesar da condenação em 2012, Alexandre chegou a concorrer nas últimas eleições, se reelegendo vereador. Na ocasião, o PSTU chegou a entrar com recurso na Justiça para impedir a posse do ficha-suja. Contudo, Alexandre era suplente na Assembleia Legislativa e acabou assumindo a vaga de deputado estadual.

Nessas eleições, também foram enquadrados na Lei da Ficha Limpa o deputado federal Paulo Maluf, do PP, o deputado estadual Marco Aurélio, do PT, e o ex-prefeito de Taubaté Roberto Peixoto do PSDB. Em todos os casos cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral.

"Quem deveria tomar a atitude de entrar com processo contra esses fichas sujas deveria ser os partidos com representação parlamentar, mas sabemos que eles não fazem porque são parte do mesmo esquema e têm o rabo preso. Neste sentido o PSTU cumpre seu compromisso em defesa dos trabalhadores e do povo", avalia o presidente do PSTU de São José dos Campos e candidato a deputado federal Toninho Ferreira.

“A condenação dos fichas sujas é uma vitória para os trabalhadores. Além da corrupção e dos prejuízos aos cofres públicos, eles só sabem agir em interesse próprio. Esperamos agora que o TSE mantenha a condenação”, completa.