Não à criminalização: Toninho participa de ato de solidariedade a estudante preso e torturado

10/6/2014 - O presidente do PSTU de São José dos Campos, Toninho Ferreira, participa nesta terça-feira, dia 10, de um ato na PUC de São Paulo em solidariedade ao estudante Murilo Magalhães.

A atividade, que acontecerá a partir das 19h30, vai debater a violência sofrida pelo estudante do curso de Direito da PUC e militante do PSTU, que foi preso e torturado pela PM de São Paulo durante o ato em solidariedade à greve dos metroviários, realizado ontem.

Entre os debatedores, também estarão presentes o jurista Jorge Souto Maior, o jornalista Leonardo Sakamoto, um representante do Sindicato dos Metroviários de SP, entre outros.

Tortura física e psicológica
Murilo, que também faz parte da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), iria realizar um protesto simbólico, acorrentando-se em frente à Secretaria dos Transportes do Estado, para reivindicar a abertura de negociações e a solução para a greve.

Detido sob a falsa alegação de resistência à prisão e dano ao patrimônio público, ele foi levado por três policiais para uma sala no interior da secretaria.

No local, o jovem sofreu tortura física e psicológica. Foi agredido pela polícia, obrigado a ficar nu e humilhado. De forma homofóbica, foi chamado de "veado, veado" (como se a orientação sexual pudesse ser utilizado como xingamento).

O militante foi transferido para a 36º DP, onde permaneceu por várias horas detido e algemado. Ele só foi liberado mediante o pagamento de uma fiança de R$ 1000. Após sair da delegacia, Murilo acompanhado de advogados do movimento realizou exame de corpo de delito.

“A violência sofrida por Murilo é absurda e demonstra que apesar do fim da ditadura, o Estado brasileiro ainda mantém os mesmos aparelhos de repressão, como a Polícia Militar, e repete práticas odiosas daquele triste período”, disse Toninho.

O que os governos querem é criminalizar os manifestantes, para tentar abafar as lutas em curso no país. Não passarão. Vamos denunciar e exigir a punição desse tipo de prática”, afirmou Toninho.

Com informações: www.pstu.org.br