Luto: mais uma morte na categoria metalúrgica
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região está no local para apurar as circunstâncias da morte do trabalhador e já acionou a Delegacia Regional do Trabalho.
Robson era eletricista e estava fazendo a manutenção de uma ponte rolante no momento do acidente, por volta das 10h.
O lucro acima de vida
Segundo o Sindicato, a MWL é a metalúrgica com maior registro de acidentes em Caçapava. Somente este ano, já foram registradas 20 CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho) na fábrica de propriedade do grupo alemão GMH.
No dia 5 de novembro, outro trabalhador, o vigia Claudiney Mioni, de 41 anos, morreu após doze dias de ter sofrido um acidente de trabalho na fábrica Forming Tubing, região zul de São José. Claudiney havia sido atingido pela explosão de um cilindro de oxigênio no dia 24 de outubro e era terceirizado. Fazia um serviço que não era sua atribuição, sem qualquer treinamento ou condições de segurança.
“As mortes desses companheiros se somam as dos operários do Itaquerão e outras milhares que ocorrem em nosso país em consequência da ganância e descaso das empresas com a vida dos trabalhadores. Na maioria dos casos, os patrões tentam responsabilizar a vítima ou tratar o caso como fatalidade, mas as mortes e acidentes de trabalho já se tornaram uma epidemia no Brasil e são frutos das condições precárias e inseguras de trabalho”, afirma o presidente do PSTU e advogado trabalhista, Toninho Ferreira.