Famílias do Pinheirinho fazem reivindicações para construção de casas e novo bairro

20/9/2013 - Em uma nova reunião nesta sexta-feira, dia 20, representantes da ADMDS (Associação Democrática por Moradia e Direitos Sociais), que reúne as famílias do Pinheirinho, discutiram detalhes do projeto de construção das 1.800 casas, no bairro Putim 2. Participaram da reunião, representantes dos governos federal, estadual e municipal.

A ADMDS apresentou uma série de reivindicações para garantir que as obras atendam as necessidades das famílias e o novo bairro tenha infraestrutura, serviços públicos e condições adequadas de moradia.
Na última quarta-feira, 18, as famílias anteciparam as reivindicações ao prefeito Carlinhos de Almeida.

 “Queremos que as famílias do Pinheirinho, que foram despejadas injusta e violentamente de suas casas há pouco mais de um ano e meio, também tenham direito à cidade, com oportunidades de inserção social, equipamentos sociais e serviços públicos básicos”, afirmou Vivaldo Moreira, da ADMDS.

Reivindicações
Dentre as reivindicações apresentadas, as famílias apresentaram questões relacionadas à gestão do projeto. Elas querem acompanhar todo o processo de construção das casas.
Neste sentido, foi reivindicado que as lideranças da ADMDS possam acompanhar e fiscalizar as obras e  prioridade na contratação de integrantes do movimento do Pinheirinho para a construção das casas.

Queremos acompanhar tudo para verificar a qualidade dos materiais de construção, ver agilidade nos investimentos dos recursos, definição dos prazos de entrega, informações sobre valores do terreno, etc. Aqui não pode acontecer, como muitas vezes acontece, de empreendimentos pararem no meio do prazo e deixarem as famílias na mão”, disse Vivaldo.

Outra reivindicação apresentada pelos moradores é que as casas tenham 50 metros quadrados e o terreno 160 metros quadrados. Mas após discussões na reunião desta sexta, chegou-se a uma contraproposta para que as casas tenham 46,5 metros quadrados de área construída, o que ficou de ser analisado.

A garantia de infraestrutura, como rede de água, energia e esgoto, asfalto, serviços de telefonia, entre outros, também foram pedidos.

Os moradores cobraram a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no novo bairro. Na reunião com o prefeito realizada na quarta-feira, Carlinhos disse que uma UBS não seria possível em razão da falta de médicos e condições de manter a estrutura.

Continuaremos com a reivindicação, afinal a construção de 1.800 casas é um novo bairro com milhares de pessoas na região do Putim o que, por si só, já comprova a necessidade de uma UBS na região”, afirmou Vivaldo.

A ADMDS solicitou ainda a construção dentro do bairro de equipamentos de esporte e lazer, pontos de coleta de material reciclável e um centro comunitário para realização de assembleias do movimento.

A estimativa é que o contrato com a construtora seja assinado em 30 de novembro deste ano e a empresa terá 90 dias para começar os trabalhos, que devem durar 15 meses.

Uma nova reunião ficou agendada para o dia 30 de setembro, novamente com a presença de representantes dos governos federal, estadual e municipal. Neste dia, também ficou acertado que haverá uma reunião com o governo do estado para discutir temas como a instalação de escolas do ensino médio e profissionalizantes na região.

As discussões continuarão. Vamos acompanhar de perto a construção das casas até que cada unidade seja entregue as famílias do Pinheirinho”, concluiu Vivaldo.