Sobre o apoio do PT e do PCdoB ao “golpista” Rodrigo Maia para a presidência da Câmara

14/7/2016 - Se há uma coisa que ficou nítida na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados foi a confirmação de um dito popular que diz: "de onde nada se espera é que não sai nada que preste mesmo".

A eleição do deputado do DEM para presidir a Câmara é a demonstração cabal de que "eles se merecem". Sai o Cunha, entra o amigo do Cunha. Mas nada diferente disso era de se esperar mesmo, não é?

O que sim, chama atenção, foi o posicionamento do PT e do PCdoB na disputa, o apoio que deram ao candidato do DEM no segundo turno. Deu vergonha alheia ver o líder do DEM agradecer a "esquerda" pelo apoio dado a ele.

O PT e o PCdoB seguem fazendo uma campanha de denúncia do "golpe" que teria sido dado contra a democracia e o mandato da presidenta Dilma, do PT, com a votação do impeachment. E, atrás dessa ladainha, vão vários setores que se reivindicam de esquerda e socialista, como o PSOL, o MTST e outros grupos menores.

O PT e o PCdoB sabem perfeitamente que o discurso do "golpe" é apenas uma artimanha retórica, para passar a idéia de que o governo do PT foi perseguido pela "direita". Dessa forma buscam fugir da responsabilidade pelos golpes (estes sim, de verdade) que o governo do PT aplicou contra os trabalhadores a serviço de banqueiros e grandes empresários.

Isso ficou mais uma vez evidenciado pelo apoio desses partidos ao representante dos "golpistas" para presidir a Câmara dos Deputados.

Não custa perguntar: será que agora vai "cair a ficha" da turma que segue reproduzindo essa campanha de "golpe" feita pelo PT e PCdoB?

A eleição para presidência da Câmara vem mostrar mais uma vez que o desafio segue o mesmo. Não há saída para a crise que vive o país, que atenda os interesses dos trabalhadores, que não seja construída na luta contra todos eles.

Fora Temer, Dilma, Cunha, Aécio, Renan e Rodrigo Maia!

Fora todos eles!

Eleições Gerais já!

Por um governo dos trabalhadores, que funcione através de conselhos populares!


Por Zé Maria, presidente nacional do PSTU