Petroleiros da Revap seguem em greve por tempo indeterminado

22/10/2013 - Um dia depois de o governo Dilma realizar a maior entrega do petróleo brasileiro, os petroleiros de todo o país seguem em greve por tempo indeterminado. Em São José dos Campos, os trabalhadores da Revap aprovaram a continuidade da paralisação, em assembleia nesta terça-feira, dia 22.

Com isso, segue forte a greve da categoria iniciada no último dia 17 e que protesta contra o leilão do Campo de Libra, bem como por avanços na Campanha Salarial e para barrar o PL 4330 que libera terceirizações sem limites no setor privado e público.

Ontem, a Petrobras adiou a reunião agendada com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), no Rio de Janeiro, em razão do leilão de Libra. Contudo, a federação já foi informada da nova proposta da empresa que não avança nos principais pontos da pauta de reivindicações da categoria.

A proposta, já apresentada também à Federação Única dos Petroleiros (FUP), não oferece o aumento real nos salários reivindicado, bem como ainda discrimina os aposentados, não trata da tabela congelada, do Plano de Cargos e Salários e até o abono oferecido é menor do que o valor pago no ano passado.

Nas falas durante a assembleia de hoje, dirigentes do Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos, da CSP-Conlutas e outros sindicatos da região denunciaram o leilão e o ataque à soberania do país que ele representa, e criticaram a intransigência da Petrobras. A empresa segue com medidas antissindicais e sem respeitar o direito de greve dos petroleiros, além de não avançar para atender as reivindicações da categoria.

A greve unificada petroleira já é a maior dos últimos 18 anos. A última paralisação nacional de petroleiros aconteceu sob o governo FHC.

Uma nova reunião foi agendada para esta terça-feira, dia 22, às 15h.


Com informações: Sindipetro-SJC