Padilha e Maluf não são alternativa ao PSDB. Fortalecer a Frente de Esquerda em SP!

4/6/2014 - O descontentamento do povo paulista com o governo Alckmin (PSDB) cresce a cada dia. A ameaça de falta d´água já virou realidade para 23% da população. Nos trens e Metrô a superlotação e a falta de investimento provocam paralisações constantes e trazem riscos à segurança dos usuários.

A educação e a saúde públicas, por sua vez, estão completamente abandonadas. Mas não é só. O número crescente de assassinatos, roubos e execuções deixa a população assustada e insegura. A realidade é ainda pior nas periferias, onde a violência do crime organizado se combina com a violência policial contra os negros e pobres.

Depois de 20 anos de governos do PSDB, é hora de derrotar Alckmin! Os trabalhadores e a juventude querem mudanças! Queremos mais saúde, educação e transportes públicos; mais segurança e o fim da violência policial; queremos a Sabesp 100% estatal para acabar com a falta d´água. Enfim, queremos São Paulo para os trabalhadores e o povo!

Padilha de braços dados com Maluf Infelizmente, o PT e Padilha não são uma alternativa para derrotar o PSDB em São Paulo. O PT fala mal do tucanos e da velha direita, mas faz aliança com corruptos, grandes empreiteiras e bancos. A aliança com Maluf (PP), que é procurado pela Interpol, foi selada na última sexta-feira (30). Ao chegar ao evento, Maluf falou que a aliança entre os partidos será do "tamanho do Corcovado, abençoada por Deus".

Haddad (PT), na capital, é o maior exemplo do projeto do PT de “mudar” para tudo ficar como antes. Nas eleições, disse que ia ser diferente de Serra e Kassab. Depois de eleito, entregou a secretaria de habitação para o PP de Paulo Maluf e, junto com Alckmin,  aumentou os preços das passagens. Agora, em 2014, Haddad chama os trabalhadores rodoviários de “vândalos”, reprime a greve dos professores municipais e não atende as reivindicações dos sem-tetos, que lutam pelo direito à moradia.

Nas eleições para o governo estadual, é tarefa da esquerda socialista derrotar a candidatura de Geraldo Alckmin, sustentada pelo PSDB e pelo DEM. Porém, é preciso enfrentar também a falsa alternativa representada por Padilha e Maluf. Do mesmo modo, será necessário desmascarar as demais candidaturas burguesas, como a de Paulo Skaf (PMDB) e a  da coligação Rede e PSB.

Em São Paulo, alternativa pra valer é a Frente de Esquerda e Socialista! 
As greves e as manifestações apontam o caminho da transformação social. Nas eleições, é necessário apresentar uma alternativa de esquerda e dos trabalhadores, que apóie as reivindicações das ruas. As demandas das jornadas de Junho encontram no programa socialista a sua máxima expressão. É hora de levar esse programa para milhões de pessoas!

Para defender as mudanças que o Brasil precisa, o PSTU lançou o nome do metalúrgico José Maria como pré-candidato à presidente da república.

Em São Paulo, o PSTU e o PSOL lançarão uma candidatura única para o governo e o senado. A Frente de Esquerda e Socialista no estado está baseada em importantes pontos programáticos e no respeito ao peso social dos partidos que a compõem.

A Frente será uma alternativa à falsa polarização entre o PSDB e PT. Nesse sentido,  enfrentará tanto Geraldo Alckmin como a dobradinha “Padilha e Maluf”. Esse acordo programático foi decisivo para conformação da  coligação eleitoral entre o PSTU e o PSOL.

A Frente de Esquerda e Socialista  não terá a presença de nenhum partido burguês (como a Rede, por exemplo), bem como não receberá dinheiro de empresários, bancos e empreiteiras. O financiamento da campanha virá exclusivamente das doações dos trabalhadores e da juventude. Outro ponto do acordo diz respeito ao duplo palanque presidencial. Como os partidos têm candidatos à presidência distintos, nas atividades comuns da Frente, haverá a presença dos dois nomes (Zé Maria e Randolfe).

O pré-candidato a governador será indicado pelo PSOL e a pré-candidata ao senado será indicada pelo PSTU. O diretório estadual do PSOL mudou seu pré-candidato recentemente, retirando o nome do professor Vladimir Safatle e definindo pelo nome de Gilberto Maringoni, também professor. O PSTU participou das discussões programáticas e da construção da pré-candidatura de Safatle, mas não interferirá na indicação e respeita a decisão do PSOL, que será confirmada definitivamente em convenção no dia 14 de junho.

A pré-candidata ao senado é Ana Luiza Figueiredo, do PSTU. Ana Luiza começou sua militância política em 1979. Ajudou a construir a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1994, ajudou a fundar o PSTU. É trabalhadora do judiciário federal em São Paulo e constrói a CSP-Conlutas.  Reconhecida lutadora dos direitos das mulheres trabalhadoras, foi candidata ao Senado em 2010 e obteve 109 mil votos.

O PSTU lança também Toninho Ferreira como pré-candidato prioritário à deputado federal. Toninho, de 55 anos, trabalhou na GM e Embraer. Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos por dois mandatos e, em 2012, foi o quinto candidato mais votado para vereador na cidade. Atualmente, é advogado dos movimentos populares. Esteve ao lado dos moradores na luta contra a desocupação e é a principal liderança das famílias do Pinheirinho. Para  Deputado Estadual, nosso partido lançará uma chapa com cerca de 30 lutadores e lutadoras.

Por um programa socialista e operário! São Paulo para os Trabalhadores! 
Para realizar as mudanças que São Paulo precisa, é necessário um programa conectado com as reivindicações que ecoam nas manifestações e greves. E apenas com a aplicação de um programa socialista e anticapitalista será possível garantir as mudanças que o povo pede nas ruas. O PSTU defende um profundo debate programático entre as forças que compõem a Frente nos meses de junho e julho, para assim apresentarmos nas  eleições uma plataforma unitária em sintonia com os ventos de Junho.

Defendemos também a ampliação da Frente de Esquerda. Temos que convidar o conjunto dos movimento sociais combativos (Luta Popular, MTST, MPL, etc.), os sindicatos e as centrais que não se venderam (CSP/Conlutas, Feraesp, Intersindical, etc.); a juventude e suas organizações de luta (ANEL, Juntos, etc.), os intelectuais de esquerda; os movimentos contra as opressões (MML, Quilombo Raça e Classe, coletivos, etc); e os milhares de novos ativistas que surgiram depois de Junho para discutir um programa de transformação social para São Paulo e o país.

O PSTU defende um programa para uma transformação socialista do país. Não acreditamos que as corruptas eleições capitalistas, controladas pelas empresas, bancos e multinacionais - que financiam os grandes partidos, sejam o instrumento para as mudanças que necessitamos. A verdadeira mudança virá das lutas, greves e manifestações, e, sobretudo, da organização dos trabalhadores e da juventude para impor suas reivindicações. Participamos das eleições para fortalecer esse objetivo estratégico.

Em São Paulo, defendemos alguns pontos essenciais para o programa comum da Frente de Esquerda e Socialista:

- Sabesp 100% estatal para não faltar água! Realizar imediatamente os investimentos e obras necessárias para garantir o abastecimento para todos!

- Para garantir transporte público, de qualidade e gratuito, Metrô e Trens 100% estatais! Investimentos para ampliação do sistema metroviário. Estatização da linha 4 do Metrô e fim da privatização da CPTM. Tarifa social, rumo à tarifa zero! Passe-livre para estudantes e desempregados!

- Fim do pagamento da dívida do estado com a União e bancos. Chega de dinheiro para banqueiros, empreiteiras e o agronegócio! Esses recursos devem ser destinados aos serviços públicos: saúde, educação, moradia, transporte.

- Fim da violência policial, desmilitarização da PM já! Para garantir segurança pública, polícia civil única controlada pelas comunidades! Fim da repressão aos movimentos sociais!

- O deputado e o governador devem ganhar o mesmo que um professor! Fim do financiamento privado de campanha!

- Mais verbas para saúde e educação públicas! Fim das OSs nos hospitais, postos de atendimento e pronto-socorros, concurso público já! Salário digno para os professores do estado!

- Por um plano de construção de moradias que zere o déficit habitacional em 4 anos!


Direção Estadual do PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado