Outubro de Lutas: sindicatos convocam ato para sexta-feira, dia 23, contra o governo, a direita e o ajuste fiscal

21/10/2015 - Essa semana, o "Outubro de Lutas", série de mobilizações contra o governo Dilma (PT), a direita (PSDB e PMDB) e o ajuste fiscal, ganhará força com atos que serão realizados em várias cidades do país, inclusive em São José dos Campos.

No dia 22, quinta-feira, estão programadas manifestações em Fortaleza (CE) e Teresina (PI). No dia 23, sexta-feira, no Rio de Janeiro (RJ) e Natal (RN), e também em São José dos Campos.

Em nossa região, o Fórum de Lutas do Vale do Paraíba programa um ato, às 10h, na Praça Afonso Pena.
A manifestação está sendo convocada por sindicatos de várias categorias, como metalúrgicos, alimentação, Correios, químicos e Admap. Outras categorias também podem se incorporar como servidores municipais de Jacareí, oposição alternativa da Apeoesp e juventude da Anel.

O Sindicato dos Metalúrgicos produziu dois “pixulecos”, bonecos de Dilma e de Aécio, que devem chamar a atenção para a manifestação. Ao representar tanto o PT, quanto o PSDB, o objetivo dos bonecos é denunciar que apesar da disputa por poder, ambos os partidos, juntamente com o Congresso de picaretas existente hoje no país, têm acordo e atuam juntos para jogar a crise nas costas dos trabalhadores, com arrocho, aumento da inflação, do desemprego e ataques aos direitos.

Que os ricos paguem pela crise
As crises política e econômica seguem se agravando. De um lado, as denúncias da Operação Lava Jato continuam trazendo à tona muita corrupção. De outro, com os índices econômicos cada vez mais negativos, governo, empresários e banqueiros exigem ainda mais ajuste fiscal.

Só falam em aprofundar a Reforma da Previdência, fazer mais cortes nas áreas sociais e aumentar impostos, como a criação da CPMF. Ou seja, medidas para que o povo pague pela crise.

O mar de lama envolvendo o governo Dilma e o Congresso é um capítulo à arte. Dilma segue sob a ameaça permanente de um processo de impeachment e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), se vê em uma situação cada vez mais complicada, com provas de que mantém muito dinheiro fruto de propinas fora do país.

Contudo, mesmo com a avalanche de provas contra o atual presidente da Câmara, o pemedebista segue no cargo, graças a um acordão com PT e PSDB.

"Lula e o PT apoiam Cunha para tentar barrar o impeachment. Já o PSDB negocia por que quer sangrar Dilma e manter a ameaça do impeachment. O PMDB entra nas negociatas para continuar no poder, barganhando benesses e privilégios... E, assim, Cunha segue num dos cargos mais importantes do país, confirmando o mar de lama em que mergulhou a política nacional", avalia o presidente do PSTU e suplente de deputado federal, Toninho Ferreira.

"Por tudo isso, o caminho para os trabalhadores, a juventude e a maioria do povo é a mobilização contra o governo do PT, PSDB, PMDB e todos os picaretas do Congresso e parar os ataques do ajuste fiscal", disse.