No dia internacional contra a violência à mulher, MML realiza ato em São José e entrega pauta à Prefeitura

26/11/2013 - Com a entrega de uma pauta de reivindicações à Prefeitura de São José dos Campos e um ato no centro da cidade, o Movimento Mulheres em Luta (MML) cobrou dos governos nesta segunda-feira, dia 25, medidas efetivas para combater a violência às mulheres.

A mobilização marcou o Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência às Mulheres, que contou com manifestações em várias cidades brasileiras.

Na pauta endereçada ao prefeito Carlinhos de Almeida (PT) e protocolada no início da tarde no Paço Municipal, foram exigidas políticas públicas imediatas, como a construção de casas abrigo, creches, iluminação pública e capinas de terrenos baldios nos bairros da periferia, bem como a intervenção da Prefeitura junto ao governo estadual para que as Delegacias da Mulher funcionem 24h, inclusive nos finais de semana e feriados.

No início da noite, mesmo sob chuva, um ato foi realizado em frente à antiga Câmara, na Praça Afonso Pena, reunindo cerca de 60 pessoas.

Com performances teatrais, música, poesia e bonecas de madeira, os (as) manifestantes chamaram a atenção de quem passava pelo local e denunciaram a situação de violência a que são submetidas milhares de mulheres no país, vítimas de um número cada vez maior de assassinatos e estupros.

A violência contra as mulheres já se tornou uma epidemia em todo o mundo. No Brasil, os casos de mortes e estupros aumentaram mesmo com a aprovação da Lei Maria da Penha, pois os governos na prática não garantiram condições para que a lei fosse aplicada”, denunciou Janaina dos Reis, do MML do Vale do Paraíba.

Sem casas abrigo e sem atendimento especializado e permanente às mulheres vítimas da violência e seus filhos não há como reverter essa situação. É dever do Estado garantir todo o suporte às mulheres para que se sintam seguras para denunciar toda e qualquer violência. A Lei Maria da Penha precisa sair do papel”, disse também Raquel de Paula, do MML e do Quilombo Raça e Classe.

Além do MML, o ato contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos, dos trabalhadores dos Correios, de trabalhadoras domésticas, Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas), Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre), Movimento Quilombo Raça e Classe, Movimento Luta Popular e PSTU, além de alunos da Escola Estadual Malba Tereza e do grupo Quatro na Rua é Oito.

Campanha nacional
Neste dia 25, o MML lançou a Campanha Nacional de Combate à Violência à Mulher, aprovada no encontro nacional do movimento, realizado em outubro. A proposta prevê que a campanha tenha cinco eixos, enfocando a violência do Estado às mulheres, a violência doméstica, sexual, no trabalho e urbana.

Vamos colocar na rua uma forte campanha nacional para organizar as mulheres e dizermos um basta à violência” afirmou Janaína.