Na Copa vai ter greve: trabalhadores de várias categorias vão à luta
Nesta terça-feira, dia 13, ocorreram manifestações em várias cidades.
Os rodoviários do Rio de Janeiro iniciaram uma mobilização na última sexta-feira, dia 9, e apesar dos ataques das empresas, governo e da imprensa, e contra até mesmo o sindicato, aprovaram uma greve de 48h a partir desta terça-feira, dia 13.
O sindicato assinou um acordo sem aprovação da categoria o que gerou revolta. Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica – de R$ 150 para R$ 400,entre outras reivindicações.
Em Guarulhos, Grande ABC, Campinas e Florianópolis também foram registradas mobilizações de rodoviários no dia de hoje.
Construção civil
Em Cubatão, em torno de 15 mil operários, de 25 empresas da construção civil e terceirizadas, iniciaram uma paralisação geral da categoria no último dia 5.
Nesta terça-feira, os cerca de sete mil trabalhadores da refinaria da Petrobras (RPBC), que continuaram a greve, votaram a continuidade da luta e fizeram uma passeata pela cidade. O presidente do PSTU de São José dos Campos, Toninho Ferreira, participou da passeata e levou seu apoio aos trabalhadores.
Na sexta-feira, dia 9, foi a vez dos operários em Belém (PA). Seis mil trabalhadores da construção civil fizeram uma passeata até o Tribunal Regional do Trabalho para cobrar que o sindicato patronal cumpra com o acordo fechado no passado para concessão de cesta básica.
Professores e servidores
Professores municipais de São Paulo, em greve desde o dia 23 de abril, também realizaram uma manifestação na Avenida Paulista, nesta terça. Os profissionais reivindicam a incorporação de um bônus complementar ao salário, a valorização profissional e melhorias nas condições de trabalho.
No Rio de Janeiro, professores das redes estadual e municipal iniciaram uma greve na categoria na segunda-feira, dia 12. Em Campanha Salarial, a mobilização foi aprovada na semana passada. Há professores do ensino superior e servidores públicos de vários setores também mobilizados no país.
É hora de ir à luta
Em nossa região, os metalúrgicos iniciaram sua Campanha de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e nas assembleias a disposição é de muita luta.
Em pleno Carnaval, a greve dos garis do Rio de Janeiro comoveu o país e encorajou as lutas de todos explorados e oprimidos. A heroica mobilização ganhou o apoio da população e mostrou que é possível lutar e vencer.
Em março, cerca de 30 mil operários da obra do Comperj, em Itaboraí (RJ), cruzaram os braços em defesa de condições dignas de salário e de trabalho. Os trabalhadores da Imbel, fábrica estatal de armamentos, em Minas e no Rio, também realizaram paralisações.
O fato é que os trabalhadores querem repor o poder de compra dos salários e melhores condições de trabalho e de vida.
A insatisfação é geral com os salários que não estão sendo suficientes para pagar as dívidas, mas também com o caos na saúde e na educação, o transporte ruim e caro, a falta de moradias, enquanto o dinheiro público vai pra Copa, Fifa e grandes empresas.
Todo apoio e solidariedade a todas as mobilizações!
É hora de ir à luta, cobrar do governo e dos patrões o atendimento de nossas reivindicações! Só assim vamos conseguir derrotar a inflação, repor o poder de compra dos nossos salários e garantir nossos direitos!