Metalúrgicos de São José e região elegem nesta semana a diretoria do Sindicato

23/2/2014 - Os metalúrgicos de São José dos Campos e região realizam nesta terça e quarta-feiras, dias 24 e 25, a eleição que vai definir a nova diretoria do Sindicato da categoria. Metalúrgicos de 231 fábricas participarão da votação que elegerá a direção que ficará à frente da entidade de 2015 a 2018.

Duas chapas disputam o pleito. O atual presidente, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, é o candidato da Chapa 1 com mais 40 diretores, pela CSP-Conlutas. A Chapa 2 é encabeçada por Agnaldo Rodolfo dos Santos, com mais 36 diretores, pela CUT e CTB.

A eleição ocorre em meio a fortes lutas na categoria. Os metalúrgicos da GM estão em greve por tempo indeterminado desde a última sexta-feira, dia 20. A paralisação está sendo feito por dentro da fábrica e é em defesa dos empregos. A montadora ameaça demitir quase 800 trabalhadores.
Na Sigma, empresa do setor de eletroeletrônicos e terceirizada da LG, trabalhadoras decidiram fazer uma paralisação nesta segunda-feira, dia 23, em protesto ao descumprimento do pagamento da PLR e dívidas trabalhistas da empresa.

O maior na região e um dos mais importantes em inserção política no país, o Sindicato representa hoje cerca de 42 mil trabalhadores, nas cidades de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Santa Branca e Igaratá. Em sua base estão empresas como, por exemplo, Embraer, General Motors, Gerdau, Chery, Hitachi, Panasonic e Avibras.

O presidente do PSTU de São José, Toninho Ferreira, ressalta a importância da entidade para a região e para as lutas dos trabalhadores do país.

A história deste sindicato foi construída nas lutas dos trabalhadores no Brasil, bem como em apoio às lutas dos trabalhadores de outros países também. Uma história marcada pela independência de classe, democracia operária e internacionalismo”, afirma Toninho que foi presidente da entidade no início da década de 90, por dois mandatos.

Essa eleição é um momento decisivo para defendermos esse sindicato, que tem resistido a diversas tentativas de retirada de direitos e rebaixamento salarial, ao contrário do que ocorre em outras regiões, onde os sindicatos são dirigidos pela CUT e CTB", destacou.

"Diante do cenário que se avizinha com o agravamento da crise e dos ataques aos trabalhadores, manter esse sindicato no caminho da luta é fundamental. Nos somamos à defesa desse importante instrumento dos trabalhadores e reafirmamos todo nosso apoio à Chapa 1”, disse Toninho.

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