Inimigos do povo: Eduardo Cury e Flavinho aprovam PEC 241 que congela investimentos sociais

26/10/2016 - Depois de o governo Temer promover jantares luxuosos e garantir o repasse de muita verba pública para “convencer” deputados, a PEC 241 foi aprovada na noite desta terça-feira, dia 25, em segunda votação na Câmara. O texto foi aprovado com 359 votos a favor, 116 contrários e duas abstenções.

Vergonhosamente, em mais uma traição aos trabalhadores e a população pobre, os deputados federais da região, Eduardo Cury (PSDB) e Flavinho (PSB), votaram a favor da PEC 241. Já o tinham feito na primeira votação no último dia 10.

A Proposta de Emenda Constitucional 241 é um ataque histórico, pois congela por 20 anos os investimentos sociais do governo federal, o que vai piorar ainda mais a situação da saúde, educação e os serviços públicos em geral.

A PEC foi aprovada na íntegra, sem qualquer alteração. Todos os destaques apresentados foram rejeitados, inclusive, os que propunham retirar os gastos com saúde e educação do congelamento.

O governo e os deputados que defendem a PEC usam o falso argumento de que a medida visa equilibrar as contas públicas, garantir a volta de investimentos no país e gerar empregos. Mentira. O objetivo deste congelamento é reduzir ainda mais o dinheiro investido em serviços públicos, para garantir o pagamento da Dívida Pública aos banqueiros. É ainda o primeiro passo para reformas como a Trabalhista e a da Previdência, que o governo vai enviar ainda este ano ao Congresso (saiba mais http://www.pstu.org.br/pec-241-uma-bomba-para-arrebentar-seu-salario-e-o-seu-direito-a-saude-e-educacao/).

Como se trata de uma mudança na Constituição, a medida precisará ser votada no Senado, também por votação em dois turnos. A estimativa é que a primeira análise do texto pelos senadores ocorra em 29 de novembro e a votação final deve ficar para 13 e 14 de dezembro.


Ato em Brasília, no dia 24. Houve manifestações em mais 14 estados
Greve Geral para derrotar as reformas de Temer
O governo Temer tem pressa em aprovar o quanto antes os ataques e as reformas exigidas pelo imperialismo e grandes empresários. Mas a resistência também vem crescendo.

Apesar de a imprensa, principalmente a TV, estar dando pouca cobertura, tem havido cada vez mais manifestações pelo país contra a PEC e as medidas anunciadas. Desde segunda-feira, dia 24, houve manifestações em pelo menos 15 estados do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

É por isso, que a Jornada de Lutas programada pelas CSP-Conlutas e demais centrais sindicais do país ganha cada vez mais importância. Fortalecer as várias mobilizações já marcadas para o mês de novembro, principalmente no dia 25, quando as centrais sindicais convocam um dia nacional de greves e paralisações, é fundamental.

“Está claro que este Congresso de picaretas e corruptos não está preocupado com os direitos e as condições de vida do povo, mas apenas com seus privilégios e os interesses dos poderosos. Por isso, é preciso denunciar a traição descarada dos deputados da região, Cury e Flavinho, que só têm aprovado medidas prejudiciais aos trabalhadores”, afirma o presidente do PSTU de São José dos Campos e candidato a prefeito nas eleições deste ano, Toninho Ferreira.

“A PEC do fim do mundo como está sendo chamada a PEC 241 só poderá ser barrada com a mobilização dos trabalhadores e a juventude, que já estão demonstrando muita disposição de luta. Por isso, estaremos juntos na organização de um forte dia de greves e paralisações no dia 25, rumo à construção de uma forte Greve Geral que pare todo o país”, disse Toninho.