Em entrevistas ao G1 e UOL, Zé Maria defende um programa socialista para mudar o Brasil


 5/8/2014 - Apesar do bloqueio imposto pela mídia, que nas eleições dá enfoque apenas aos candidatos da burguesia, na última semana, o candidato à Presidência da República pelo PSTU, Zé Maria, concedeu entrevista a dois dos maiores portais de internet, G1 e UOL. Expressando o perfil da candidatura do PSTU em defesa das reivindicações dos trabalhadores, Zé defendeu propostas para, de fato, mudar o país.

Durante as entrevistas Zé Maria falou sobre a proposta de programa de não pagamento da dívida interna e externa, fim dos benefícios fiscais às grandes empresas, redução da jornada de trabalho, financiamento de campanha, salário mínimo, a atual criminalização dos movimentos imposta pelos governos e o socialismo.

Zé Maria foi contundente nas duas entrevistas ao defender o fim do pagamento da Dívida Pública. Para o candidato, o pagamento da dívida é um mecanismo de transferência de recursos públicos para os bancos e o não pagamento não seria um calote, nem provocaria um colapso no sistema financeiro nacional.

“Lula e a presidente Dilma Rousseff pagaram aos bancos R$ 7 trilhões, mesmo assim, a dívida pública atualmente beira R$ 3 trilhões”, disse ao G1.

“Fala-se muito que país iria afundar. Ninguém se deu ainda o trabalho de fazer as contas. Mas se você somar tudo o que entra de recurso no país (investimento das empresas estrangeiras, empréstimo dos bancos estrangeiros, do Banco Mundial, exportações), e depois comparar com tudo que sai para pagar a dívida pública externa e interna e de remessa de lucro das multinacionais, você vai chegar à conclusão que sai mais dinheiro do que entra. Se o Brasil parar de pagar a dívida e, em função disso, nenhum banco colocar mais dinheiro aqui dentro, ainda assim, sobra mais dinheiro que temos hoje”, também explicou ao UOL.

O candidato do PSTU defendeu ainda o fim da isenção de impostos às grandes empresas e a estatização do sistema financeiro como duas de suas primeiras medidas de governo.

“É preciso colocar o sistema financeiro a serviço das necessidades do país, e não do enriquecimento de meia dúzia de banqueiros, para financiar a construção de moradias, escolas, hospitais, a produção de alimentos e oferecer crédito barato à população,” explicou Zé Maria, que também defendeu a redução da jornada de trabalho.

Zé Maria defendeu que a construção do socialismo é possível e necessária, e que sua campanha nas eleições está à serviço deste propósito.

“O debate que o PSTU quer fazer, em primeiro lugar, é que essa mudança é necessária. Não podemos continuar vivendo numa sociedade rica como a nossa e que submete uma parcela tão grande da população a uma condição humilhante de vida. Isso é desumano”, avaliou Zé Maria.

No projeto socialista do PSTU, o governo estaria apoiado nas organizações dos trabalhadores e da juventude, com liberdade de organização, opinião e imprensa.

O metalúrgico Zé Maria é candidato a presidente pela quarta vez, sempre defendendo propostas voltadas aos trabalhadores, estudantes e ao povo pobre, como uma alternativa à falsa polarização entre PT e PSDB, que defendem o mesmo programa de governo.

Zé Maria participou das lutas do ABC na década de 80, constrói a CSP-Conlutas e, com uma campanha modesta, financiada com o dinheiro da militância e contribuição de trabalhadores, mostra que nunca mudou de lado e que não têm o rabo preso com os ricos e poderosos.

Confira as entrevistas na íntegra: 
http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/08/01/ze-maria-pstu-defende-salario-minimo-a-politicos-e-estatizacao-de-bancos.htm

http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/noticia/2014/07/ze-maria-quer-suspender-pagamento-de-dividas-externa-e-interna.html