Fala Toninho: Doações das empresas, quem paga a banda, escolhe a música!


07/08/2014 - Está provado que os empresários, literalmente, compram os seus candidatos nas eleições. Essa situação pode ser verificada nos dados financeiros das campanhas presidenciais divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Três das maiores empresas do Brasil, o frigorífico JBS, da marca Friboi, a cervejaria Ambev e a construtora OAS, são responsáveis por nada menos que 65% da arrecadação para a campanha dos presidenciáveis Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos.

A JBS doou R$ 5 milhões para cada um dos dois primeiros colocados nas pesquisas, Dilma e Aécio. Eduardo Campos não ficou de fora e recebeu R$ 1,5 milhão da Ambev.

Mas isso é só a ponta do iceberg. Ao desenrolar da campanha, esses candidatos ainda devem receber muito mais dinheiro de grandes empresários ligados ao setor industrial e ao agronegócio, sem contar os bancos que também são financiadores de campanha. Afinal, a candidatura de Dilma está estimada em R$ 298 milhões e a de Aécio Neves em R$ 290 milhões.

Não podemos ser ingênuos e acreditar que tanto dinheiro vem graça, sem exigir nada em troca. Como já afirmei, empresário não faz doação, faz investimento, que é cobrado depois na forma de leis que beneficiam essas empresas, contratos de obras superfaturados, caixa dois, etc.

Por trás dessas campanhas milionárias, tem sempre um político com rabo preso com os empresários. Esse é o ciclo da corrupção. E mais do que isso, quem tem o rabo preso com empresário, não defende o interesse do trabalhador e da população pobre.

Por isso, defendemos o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais!

As campanhas do PSTU são modestas porque não aceitam dinheiro de empresa ou banqueiro. O PSTU é 100% independente, por que somos financiados com doações pequenas, porém sinceras, de trabalhadores e trabalhadoras, aposentados, estudantes que acreditam em um projeto diferente e querem mudar o país.