Conheça algumas medidas que o PSTU defende para combater a corrupção

23/3/2015 - No local de trabalho, na escola, no bairro, no bar da esquina, enfim, atualmente, o tema da corrupção tem dominado as conversas entre os trabalhadores e trabalhadoras, jovens e a população em geral.

O descrédito nos políticos é imenso, a Operação Lava a Jato desnudou, inclusive, um lado que muitas vezes ficava escondido nos escândalos: o corruptor. Nas denúncias que têm vindo à tona no caso da Petrobras, o papel das empreiteiras é escancarado, com empresários subornando políticos e funcionários do governo para obter licitações fraudulentas, desvio de dinheiro público e outras maracutaias.

As denúncias tem trazido à tona o verdadeiro balcão de negócios em que o Estado é transformado para favorecer grandes empresários, banqueiros e políticos corruptos.

Na edição 993 do jornal Opinião Socialista, o PSTU defende a prisão de corruptos e corruptores, confisco de seus bens e discute como a corrupção e o capitalismo "andam de mãos dadas".

Não existe nenhuma possibilidade de "transformar" o sistema capitalista e acabar com a corrupção, pois esse sistema se caracteriza pela exploração e opressão da maioria para garantir os lucros e privilégios de uma minoria de poderosos. Isso só vai ocorrer quando a classe operária se levantar contra os exploradores e tomar o poder e construir seu próprio Estado. Com suas formas de governo, conselhos operários, onde as decisão sejam tomadas democraticamente pelos trabalhadores.

Nem mesmo medidas mínimas de combate à corrupção, PT, PSDB, PMDB e os demais partidos deste Congresso de picaretas são capazes de colocar em prática, por que são todos farinha do mesmo saco. Somente a mobilização da classe trabalhadora, os principais interessados no fim da corrupção, pode dar um basta nessa roubalheira e avançar em outras medidas que superem esse sistema capitalista corrupto.

Conheça algumas propostas do PSTU:

# PRENDER CORRUPTOS E CORRUPTORES E CONFISCAR SEUS BENS
De nada adianta prisões temporárias sem expropriação das propriedades dos corruptos, ou a impunidade das “delações premiadas”, porque, ao sair da prisão, o corrupto vai usufruir o que roubou. É necessário também prender e expropriar as empresas que corromperam. Não existem corruptos sem corruptores. Em geral, as grandes empresas corruptoras não são afetadas. Muitas empreiteiras envolvidas na corrupção, por exemplo, estão fazendo acordos com a justiça para continuarem participando de novas licitações com o governo.

# FIM DOS PRIVILÉGIOS DOS POLÍTICOS
Os altos salários dos deputados, ao invés de "evitar a corrupção", garantem a eles inúmeros privilégios. Essas regalias corrompem os partidos e políticos, mudam o seu modo de vida e servem como um trampolim para a corrupção. Qualquer político de qualquer partido deveria ganhar um salário igual ao de um operário médio qualifi cado ou ao de um professor.

# MANDATOS REVOGÁVEIS 
Os mandatos dos deputados devem ser revogáveis. Isso significa que, a qualquer momento em que o deputado se envolva em corrupção ou aprove medidas contra os trabalhadores, seu mandato possa ser revogado pelo poder do povo.

# FIM DO FINANCIAMENTO PRIVADO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS
São as grandes empresas e bancos que têm controle sobre as campanhas dos grandes partidos, do PT ao PSDB. Uma vez eleitos, empresários, banqueiros e latifundiários, cobram a fatura. O PSTU foi o único partido que apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma medida que proíba o financiamento de empresários nas campanhas eleitorais (Ação Direta de Inconstitucionalidade 4650). O Ministro Gilmar Mendes, que tem compromissos com o empresariado, pediu vistas do processo, suspendendo o julgamento.

# FIM DO SIGILO BANCÁRIO E FISCAL
É preciso também que sejam abertos os sigilos bancário e fiscal dos donos dos bancos e empreiteiras, assim como dos deputados e senadores, governantes e diretores das estatais.

# FIM DO SENADO
O Senado uma instituição corrupta e conservadora que serve para impedir a aprovação de qualquer medida que favoreça o povo.

# CPI DA PETROBRAS É UMA FARSA 
Não devemos depositar nenhuma confiança na CPI da Petrobras, pois ela é dirigida pelos políticos que receberam dinheiro das empreiteiras em suas campanhas. Nenhuma confiança num Congresso Nacional dirigido por Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Toda investigação deve ser realizada por 
uma comissão independente que reúna entidades dos trabalhadores.