Acidente na Revap deixa seis feridos e expõe precarização da Petrobras


12/9/2014 - O acidente na Revap que deixou seis operários gravemente feridos na última quinta-feira, dia 12, é mais uma triste consequência da política de precarização e corte de funcionários levada pela empresa, a fim de aumentar seus lucros.

Dentre os feridos, três trabalhadores sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus e outros sofreram queimaduras leves. Todos estão internados na UTI, um deles em coma induzido. Entre as vítimas estão dois funcionários da própria refinaria da Petrobras e quatro da empresa terceirizada Potencial Engenharia.

Nos solidarizamos com os trabalhadores feridos e com seus familiares.
Infelizmente, este acidente não é um caso isolado. A nova tragédia ocorre quase dois anos após o acidente que fez uma vítima fatal na refinaria de São José dos Campos.

A cada ano, cresce a quantidade de acidentes na Revap como resultado da política de precarização da fábrica, que vem operando com um efetivo abaixo do necessário para garantir a segurança do trabalho. Em alguns setores, o déficit de mão de obra varia de 25% a 30%, segundo o Sindicato dos Petroleiros.

Além disso, as jornadas excessivas, com grande número de horas extras e dobra de turno vêm levando os trabalhadores à exaustão. Ao invés de investir em mão de obra e segurança, a empresa prefere punir os trabalhadores que se envolvem em acidentes.

Em uma tentativa de cortar custos com mão de obra, a Petrobras ainda está incentivando demissões voluntárias e contratando funcionários terceirizados, com menores salários e menor direitos.

Para o presidente do PSTU de São José dos Campos e candidato a deputado federal Toninho Ferreira, essa precarização é consequência da crescente privatização da Petrobras realizada pelo PSDB e PT. Hoje, 53% das ações da empresa estão nas mãos dos acionistas estrangeiros, o que explica também a corrupção que corre solta nas relações espúrias que ocorre entre a estatal e as empreiteiras.

“Por isso defendemos uma Petrobras 100%. Para que a empresa volte a estar à serviço das necessidades da população e ofereça emprego de qualidade, que não coloque o lucro acima da vida de seus funcionários”, avalia Toninho.